As mulheres brasileiras conquistaram o direito de voto com o Decreto 21.076, de Getúlio Vargas, que estabeleceu o Código Eleitoral e criou a Justiça Eleitoral, além de implementar o voto secreto. Vargas chefiava o governo provisório desde 1930, após liderar a Revolução de 30, que incluía a reforma eleitoral. Em 1933, as mulheres votaram e se candidataram pela primeira vez na eleição para a Assembleia Nacional Constituinte, que, em 1934, promulgou uma nova Constituição, consolidando o voto feminino como uma vitória do movimento feminista da época.
Histórico
Na década de 1920, diversos movimentos contestaram a ordem estabelecida. Em 1922, ocorreram eventos como a Semana de Arte Moderna, o Movimento Tenentista e a fundação do Partido Comunista do Brasil, que desafiaram a República Velha. Nesse contexto, o movimento feminista ganhou força, liderado por Maria Lacerda de Moura e Bertha Lutz. Elas fundaram a Liga para a Emancipação Internacional da Mulher, com o objetivo de lutar pela igualdade política das mulheres. Mais tarde, Bertha Lutz criou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, a primeira sociedade feminista do Brasil, que buscava promover a educação, proteção e direitos políticos das mulheres, além de incentivá-las em questões sociais e de cooperação.
A conquista do voto feminino no Brasil vai além do direito ao voto, simbolizando a quebra de barreiras e a abertura de oportunidades para que as mulheres exercessem sua cidadania plena. Essa inclusão no processo eleitoral trouxe novas perspectivas, contribuindo para um sistema democrático mais justo e representativo.