Presidente da Fetrace apoia PEC que propõe fim da escala 6×1 e defende melhores condições para os trabalhadores

Nesta semana o presidente da Federação dos Trabalhadores, Empregados e Empregadas no Comércio e Serviços do Estado do Ceará (Fetrace), Francimar Silva, concedeu duas entrevistas sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê o fim da escala 6×1 (seis dias de trabalho, um de descanso). As entrevistas foram concedidas ao Jornal da Tarde da FM Padre Cícero e ao Jornal da TV Ceará (TVC).

Na ocasião, o presidente ponderou que a escala 6×1 é extremamente cansativa. Normalmente, nas áreas onde ela é adotada, o trabalho é muito pesado, e essa PEC se torna uma luta dos trabalhadores. “Se essa jornada for reduzida, certamente será uma grande melhoria, oferecendo um alívio para aqueles que enfrentam uma carga de trabalho intensa” declara.

Segundo ele, uma jornada de 7h20 que, muitas vezes, se estende até 9h20, com duas horas extras, é exaustiva. “O esforço é imenso e o desgaste físico e mental é muito grande. Um trabalhador descansado e mais disposto tende a ser muito mais produtivo do que alguém sobrecarregado e esgotado por uma carga de trabalho tão pesada. Essa mudança seria, sem dúvida, muito bem-vinda”.

Últimas atualizações da PEC

A PEC alcançou o número de assinaturas necessário para ser protocolada na Câmara dos Deputados. A proposta, da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), já tem 194 assinaturas, superando as 171 necessárias. A mobilização ganhou apoio de vários partidos, especialmente o PT, com 68 deputados federais, além de membros do PSOL, PSB, União Brasil, PSD, Progressistas, Republicanos e PL.

Agora que a PEC foi protocolada, ela começará a ser discutida na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara. Se aprovada, seguirá para uma comissão especial e, depois, para o plenário da Câmara. A votação no plenário depende de um acordo entre os líderes dos partidos. Para ser aprovada, a PEC precisa de 308 votos favoráveis na Câmara e 49 no Senado. Se passar pelas duas Casas, não precisa de sanção presidencial para ser aprovada.

A deputada Erika Hilton já se prepara para conversar com líderes parlamentares para garantir o apoio necessário.